Você conhece a origem e os tipos de
fios de contas (ilekés)?
Os primeiros colares dedicados às divindades africanas (ilekés) eram confeccionados pelos nativos com penas de aves, sementes, palhas, caroços de frutas, dentes e chifres de animais, pedras, ferro, bronze, ouro, búzios e corais associados a outros materiais. Quando os colonizadores europeus chegaram à África, a partir do século XIV, levaram várias contas artesanais coloridas. Muitas destas contas artesanais, as conhecidas miçangas, foram incorporadas pelos africanos, aos símbolos de suas divindades.
A organização do Candomblé no Brasil recebeu a influência europeia das contas artesanais, outrora usadas também pelos africanos. Daí surgiu a expressão usada no Candomblé: "fio de contas".
Os ilekés ou fios de contas são colares feitos de miçangas de acordo com a cor de cada Orixá. Estas contas são enfiadas em cordonê (fio de puro algodão) e lavadas com omi ewé mimo (água com folhas sagradas) ou banhadas no omi eró, ou seja, no abô. Elas são fechadas com Isiro ikasi (uma conta especial), que aqui no Brasil ficou conhecida como "firma", justamente por fechar ou firmar o colar.
TIPOS DE ILEKÉS:
Existem vários tipos de ilekés, dependendo do material utilizado, do cargo ou nações (etnias) do Candomblé. Aqui listaremos apenas os mais populares: